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Espaço de acolhimento das mulheres | Ocupação Tereza de Benguela é retomada pelo MTST em SP

7 de setembro de 2018

As lutas, a reintegração arbitrária, a vitória e a tão esperada retomada do espaço de acolhimento das mulheres pelo MTST

A manhã de 1º de Setembro se iniciou com uma grande conquista para as guerreiras do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto: a retomada da Ocupação Tereza de Benguela. Quase cinco meses após uma reintegração arbitrária, datada de 2006 e sem qualquer notificação em nome do MTST, as mulheres sem medo de lutar retornaram para o mesmo espaço de acolhimento, na região da zona leste de São Paulo.

É importante relembrar que a Ocupação Tereza de Benguela nasceu na madrugada de 25 de novembro, dia de combate à violência contra a mulher, ampliando a luta pela moradia, mas também, ocupando o direito à vida, incorporando a batalha contra a violência de gênero. Na época houve a leitura de um manifesto que denunciou abusos, silenciamentos e invisibilidades, numa declaração de que nenhuma violência seria mais tolerada ou permitida.

Desde então foram marchas, encontros com a COHAB, a apresentação de locais que já estavam ocupados ou que não atendiam às demandas, momentos de morosidade no diálogo, sendo necessário, por vezes, que nossas guerreiras, com apoio de coletivos feministas e apoiadoras, demonstrassem ainda mais força e resistência pela vida das mulheres, até que, finalmente, um acordo se estabeleceu entre as partes.

A proposta de reocupar o antigo espaço até que um local definitivo fosse encontrado para atender as mulheres com dignidade, e promover a diversidade de atividades antes realizadas, foi firmada. Desse modo, por um ano e três meses, a Tereza de Benguela estará de portas abertas contra a violência e o feminicídio e, após esse prazo, será realocada permanentemente com um termo de permissão de uso assinado a partir de novembro.

Esse primeiro sábado de setembro trouxe consigo novos apoiadores, coletivos e, junto, a esperança de um novo tempo de diálogo, conscientização, pluralidade e, principalmente, que o feminismo esteja em debate para além das áreas centrais, empoderando as mulheres para que construam uma sociedade mais igualitária, forte e livre da violência doméstica.

Ocupação Tereza de Benguela – Rua Augusto Cavalcanti, nº 34. COHAB José Bonifácio, Itaquera, São Paulo/SP

É pela vida das mulheres!

MTST, a luta é pra valer!