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Trump ignora ordem judicial e mantém 97 crianças distantes dos pais

10 de julho de 2018

Frente ao enorme escândalo midiático e revolta massiva, foi ordenado que Trump reunisse novamente 102 crianças imigrantes que foram retiradas do convívio dos pais. Até a tarde de ontem (09), apenas 5 crianças tiveram esse destino, sendo que o prazo da decisão judicial é hoje (10).

Foto por Edgard Garrido/Reuters

Após o enorme escândalo midiático causado pela denúncia de que Trump estava separando famílias em nome de um profundo ódio xenófobo, o juiz federal da Califórnia Dana Sabraw decidiu que o governo não poderia separar famílias migrantes.

A ordem judicial ordena que Trump reunifique as crianças de até 5 anos aos seus familiares até o dia de hoje (10). Trump alegou que isso não é possível porque alguns dos pais já foram deportados, outros não foram encontrados e outros estão em supostos alojamentos para imigrantes que aguardam decisão judicial, algo muito parecido com campos de concentração para migrantes como vimos ocorrer na Grécia.

Ainda que a medida judicial seja um passo para que se recomponha parte dos direitos humanos infringidos pela ação xenófoba e racista de Trump, ela não consegue ser uma saída para a crise de conjunto, já que há centenas de outras famílias e crianças separadas dos seus pais, com pouca ou nenhuma perspectiva de voltar aos seus lares ou de retomar a normalidade de suas vidas.

Essa contradição é expressão da contradição viva dentro da justiça burguesa, que jamais pode ser capaz de solucionar realmente qualquer problema social. Inclusive, o DNA dessa justiça é marcado por ações muito similares em forma e conteúdo com as ações de Trump. Basta lembrar que os EUA é o país com a maior população carcerária do mundo, com uma maioria esmagadora de negros e migrantes latino-americanos.

A única saída capaz de destruir a xenofobia e garantir os direitos humanos de cada população migrante em todos os países do mundo é uma política independente dos trabalhadores, que se expresse no programa dos sindicatos, das greves e das lutas, com os trabalhadores e a esquerda abraçando como suas cada uma das necessidades da população migrante.

 

 

Por Leticia Parks

Fonte: Esquerda Diário