Movimentos de moradia promovem ato contra ‘desmonte’ da política habitacional em SP e ocupam terreno do IPESP
UMM (União dos Movimentos de Moradia) critica orçamento destinado à habitação e reivindica a retomada do Programa de Mutirão. Ocupação segue na capital paulista
Contra o desmonte da política de habitação, a União dos Movimentos de Moradia (UMM) de São Paulo realizou um protesto nesta segunda-feira (27). Segundo o movimento, o estado comandado pelo PSDB há 24 anos possui um deficit habitacional que atinge 1,6 milhão de famílias. O ato começou às 16h, na Praça Rodrigues de Abreu, em frente à estação Paraíso do Metrô, na zona sul da capital, e reuniu cerca de 2.500 pessoas, que ocuparam um terreno do IPESP (Instituto de Pagamentos Especiais de São Paulo) na região.
Em nota, o movimento critica a composição orçamentária do estado para o setor de habitação. Para 2018, a proposta foi de R$ 1,728 bilhão, correspondente a apenas 0,8% do orçamento total, previsto em R$ 216,5 bilhões. “É um dever do Estado colocar a moradia popular no orçamento”, diz a UMM, que defende participação no Conselho Estadual das Cidades.
Entre outras reivindicações, está a retomada do Programa de Mutirão, com a produção de unidades habitacionais em regime de autogestão. “Também pedimos a suspensão imediata das ações de reintegração de posse do Estado, com a criação de uma comissão mista composta por membros dos movimentos para a busca de soluções para os conflitos”, acrescenta a UMM.
A recém-batizada Ocupação Miguel Lobato segue com suas barracas na rua Vergueiro, 750, e vem recebendo atividades, como aulas públicas ao longo desta terça-feira, 28 de agosto. Acompanhe mais na página da UMM no Facebook.
Assista a reportagem da TVT sobre o ato:
Fonte: Rede Brasil Atual | TVT