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Periferia de SP se levanta em ato por memória de Marielle Franco e em solidariedade a professores

20 de março de 2018

Por Marielle Franco, Anderson Gomes e, também, pelos professores e servidores de SP, a periferia resiste e segue na luta

Na noite da última segunda, 19 de março, o Jardim Ângela foi palco de um importante ato em que participaram o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Jardim Ângela Sem Medo e diversos outros movimentos sociais, além de coletivos da zona Sul de São Paulo.

A manifestação vocalizou a indignação e repúdio, em nome da periferia, diante da brutalidade da execução de Marielle Franco — vereadora do PSOL carioca, de forte atuação pelos direitos humanos e crítica contumaz da militarização do Rio — e seu motorista, Anderson Gomes.

Os e as presentes também se manifestaram contra a repressão policial oferecida aos professores e servidores da rede pública de São Paulo, que foram alvo da truculência e violência em frente à Câmara Municipal.

Autoritarismo, violência e terrorismo de Estado no mesmo dia

Tudo aconteceu no mesmo dia, num intervalo de menos de 12 horas, na quarta-feira, dia 14 de março de 2018.

À tarde, professores e servidores se puseram de pé e, erguidos diante o sequestro de seus direitos, disseram “não”. Mulheres e homens, cidadãos e lutadores pelos direitos e por uma sociedade democrática foram covardemente agredidos e, ensanguentados sob a mira dos cassetetes e das bombas de gás. Seu crime: protestar contra alterações na sua previdência.

À noite, executaram Anderson Gomes e Marielle Franco. Marielle, 38 anos, mulher negra, bissexual, e mãe de Luyara Santos, nascida e moradora da favela da Maré, era uma jovem liderança política que representava diversas lutas sociais.

Símbolo da luta contra o racismo e a violência policial que atingem prioritariamente a população negra e periférica e das lutas pela dignidade humana, pela igualdade de gênero, contra a LGBT fobia e outras formas de opressão.

Repudiamos a violência institucionalizada em São Paulo, no Rio de Janeiro, ou em qualquer outra cidade brasileira e exigimos que esses crimes brutais, que atentam contra a democracia e as liberdades civis e políticas, sejam com rigor e prontamente elucidados e a imediata responsabilização dos envolvidos nos crimes.

Além de autonomistas, participaram do ato:

APEOESP Subsede Sul; Fórum em Defesa da Vida; Rede Ubuntu de Educação Popular; Decálogo JALC; Café Filosófico da Periferia; Grupo de Estudos Feministas da Sul; Bloco do Hercu; Bloco Afro Edi Santo; Flor de Lis, Fala Guerreira; Cooperifa; Cia Sansacroma; RUA; Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo; Paróquia Santos Mártires; MAIS; MTST; PSOL; PC do B; PT; Sociedade Santos Mártires; UJS, Poetas Ambulantes; Samba da Cultura; Sinpeem; Rede de Proteção e Resistência; Sarau a Voz do Povo; Comandos de Greve dos Professores Municipais.