Guilherme Boulos e Sônia Guajajara oficializam campanha à Presidência com aclamação pelo PSOL, PCB e Movimentos Sociais
Na tarde de sábado, 21 de julho, o 23º andar do Hotel Excelsior, no centro de São Paulo, recebeu não apenas a Convenção Nacional do Partido Socialismo e Liberdade, o PSOL. Também teve seu espaço ocupado por diversos movimentos sociais, dentre eles o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que vieram oficializar a campanha à Presidência da República de Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, e Sônia Guajajara, liderança na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e ativista dos Direitos Humanos.
A cerimônia foi permeada com importantes falas de lideranças políticas do PSOL, de diferentes estados do Brasil, com a forte participação do Partido Comunista Brasileiro, o PCB, que compõe a coligação, a vibração dos militantes do MTST, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da Mídia Ninja, entre movimentos de luta pelos Direitos Humanos, Negros, Quilombolas e LGBTI. Sob o nome de “Sem Medo de Mudar o Brasil”, a coligação traz o sentimento de disputa por um projeto de país mais justo e igualitário.
“Não nos encontramos agora. Esse encontro acontece há anos: lutando por direitos, contra o golpe, pela democracia e por outro projeto de Brasil. Ele expressa uma unidade na luta concreta[…] Nós queremos disputar um projeto de país. Não teremos uma candidatura apenas para demarcar espaço dentro da esquerda brasileira. Vamos apresentar uma alternativa real de projeto para o Brasil”, discursou Guilherme Boulos.
Sob a proteção do cerimonial dos “encantados indígenas”, num momento de forte simbologia, Sônia Guajajara e seus familiares apresentaram um cântico que antecedeu sua fala sobre resistência e luta pelos povos da floresta: “Nós resistimos ao mais brutal processo de expulsão de nossos povos. Sempre fizemos a luta contra o agronegócio, o capitalismo, as grandes pecuárias, a especulação imobiliária. E hoje ainda nos chamam de ‘invasores’”.
A cerimônia teve como outro momento de emoção, as homenagens para Marielle Franco, vereadora do PSOL brutalmente executada junto do motorista Anderson Gomes, em março deste ano. Falas e palavras, que reforçaram o quanto a luta da vereadora segue viva em cada um que caminha pela justiça e liberdade de direitos, foram proferidas, demonstrando a resistência presente nesse novo projeto de Brasil.
A aclamação final contou com o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, que chamou toda a militância do partido e todos os presentes para a luta no processo eleitoral: “Estamos morrendo de orgulho de estar nessa aliança para responder os desafios que estão colocados. Vamos transformar esse país numa terra de direitos e enfrentar a elite que oprime o povo ao longo da história”.
E imbuídos dessa força, os próximos 70 dias de campanha só vão consolidar o que já vem sendo posto nas ruas por meio das vozes de milhões de brasileiros: a certeza que essa luta não termina em outubro; seguirá sem medo e por uma sociedade mais justa!