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Guilherme Boulos defende investimentos para reaquecer economia

25 de setembro de 2018

O presidenciável Guilherme Boulos esteve em Salvador, ontem, cumprindo agenda de campanha, e concedeu entrevista coletiva no Pelourinho

Reprodução

O presidenciável Guilherme Boulos (PSOL) esteve em Salvador, ontem, cumprindo agenda de campanha. Em entrevista aos jornalistas, o postulante do PSOL defendeu mais investimentos para reaquecer a economia e diminuir o desemprego. O líder do Movimento dos Sem-Teto também criticou o fisiologismo na política e afirmou que “não dá para ficar em cima do muro com a situação grave que o país vive”. “Se a Bolsa de Valores quer decidir quem vai governar o Brasil, acaba com a democracia e decide o presidente no pregão da Bolsa”, vociferou. “O Brasil só vai gerar emprego quanto tiver investimento público. Quando o Governo deixa de investir, termina a obra a gera desemprego, gerando queda na renda. Vamos fazer o governo voltar a investir e, com isso, gerar emprego. Agora, para isso, vamos ter que enfrentar privilégios. Dinheiro tem. O problema é que esse dinheiro está mal distribuído e não chega onde tem que chegar”, disse.

O socialista também defende que o Governo reonere os empresários. “Nós vamos cortar auxílio-moradia de juiz e deputados para gerar investimento público. Vamos enfrentar a ‘bolsa-banqueiro’. São R$ 400 milhões para pagar os juros da dívida pública. Vamos enfrentar a ‘bolsa-empresário’, que é 10 vezes maior que o Bolsa Família, cortando as desonerações fiscais. Com isso, cumprimos a função de investir em obras sociais, infraestrutura, educação, saúde, moradia e gerar empregos”.

Ele também atacou a proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo Palácio do Planalto, no ano passado. “A Reforma da Previdência do Michel Temer é uma covardia. Querer cortar direitos dos trabalhadores. Logo o Temer, que se aposentou com 50 anos de idade recebendo R$ 30 mil por mês. Ele não tem moral nenhuma. Temos sim que mudar a Previdência, mas para as empresas pagarem a dívida que têm com a Previdência. Para revogar a Reforma Trabalhista que, jogando os trabalhadores na informalidade, reduziu a arrecadação da Previdência”. Boulos também falou sobre a campanha pelo país. “Nosso plano de governo foi construído após mais de três mil propostas, em todas as regiões”, explicou, defendendo também o combate ao machismo. “Com a lista suja do machismo, a empresa que pagar menos para mulheres vai ficar proibida de fazer crédito com bancos públicos, sem poder fazer negócios com o governo”.

Candidato apresenta proposta para a Bahia

Indagado pelos jornalistas, Boulos defendeu propostas para a Bahia nas áreas de combate ao racismo e promoção de oportunidades para jovens da periferia. “A Bahia é o estado mais negro do Brasil. E hoje o povo negro tem vivido um verdadeiro extermínio. O extermínio dos jovens negros como se fosse política de segurança pública”, destacou.

O paulista afirmou que vai fazer mudanças sensíveis na Polícia Militar. “Vamos desmilitarizar a polícia. Acabar com essa política de guerra às drogas, que está matando os nossos jovens. Nós temos que trabalhar a segurança pública dando oportunidade. Não queremos construir presídios, queremos construir escolas. Onde o jovem tem oportunidade, se reduz o crime”.

“Vamos enfrentar o crime organizado de verdade. Um sistema que lucra com a morte. Quem vier dizer que o menino que está na favela é o responsável pela violência, está mentindo. O comando do crime organizado desse país está muito mais perto de Brasília, da indústria da arma, do grande poder econômico, do que de qualquer favela desse país”, completou. Ainda na

Na coletiva, Boulos se esquivou ao ser questionado sobre quem vai apoiar num eventual segundo turno.

 

 

Por Henrique Brinco

Fonte: Tribuna da Bahia