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Governo sofre derrota de reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais

20 de junho de 2017

Fonte: Intersindical

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) – Painel eletrônico exibe resultado da votação do relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista.
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado rejeitou nesta terça-feira (20) – dia do ‘Esquenta’ da Greve Geral – o projeto de lei da reforma trabalhista. A vitória dos trabalhadores foi apertada. Foram apenas 10 votos contra o desmonte da Consolidação das leis do trabalho (CLT) e 9 a favor da precarização prevista no relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que já havia sido vitorioso na Comissão de Assuntos Econômicos.

A votação do PLC 38/17 surpreendeu até mesmo a oposição. Houve uma traição no PMDB e outra no PSDB e uma substituição de um parlamentar por outro favorável.

“A pressão social, a greve geral marcada para a próxima semana e toda a pressão sobre os senadores deram resultado, ainda que a vitória não seja definitiva. Agora a luta segue para enterrar o desmonte dos direitos trabalhistas e o fim dos empregos na Comissão de Constituição e Justiça”, afirma Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, que está hoje em Brasília em reunião com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Como foi a sessão

A sessão ocorreu em clima tumultuado e sob protestos da oposição. Ao final, a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que presidiu a sessão, designou para suceder Ferraço o senador Paulo Paim (PT-RS), autor do voto em separado.

O relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) era favorável à reforma proposta por Temer e mantinha o texto como foi aprovado na Câmara dos Deputados.A reforma trabalhista foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos no último dia 6 e o relator também foi o senador Ricardo Ferraço.

A derrota do governo ocorre um dia após Michel Temer, que responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ter viajado para a Rússia e para a Noruega em viagem oficial.

Nesta quarta-feira (21) o projeto segue para a leitura na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se aprovado segue para aprovação no plenário do Senado. A previsão é que a passagem da reforma pelas comissões se encerre no dia 28, com a votação na CCJ.