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Fruto da pressão nas ruas | Câmara da Argentina aprova despenalização do aborto até 14ª semana de gestação

14 de junho de 2018

Texto segue para Senado e, se aprovado, irá para sanção do presidente Mauricio Macri; manifestantes contra e a favor fizeram vigília no centro de Buenos Aires

Manifestantes a favor do aborto legal em Buenos Aires, em 4 de junho. | EFE

A Câmara de Deputados da Argentina aprovou nesta quinta-feira (14/06), por 129 votos a 125, o projeto de lei que despenaliza o aborto até a 14ª semana de gestação. O texto segue ao Senado para ser votado e, caso seja aprovado lá, o presidente Mauricio Macri já anunciou que não vetará.

A sessão durou quase 23 horas, começando por volta das 11h30 (hora de Brasília) desta quarta-feira (13/04) e atravessando a madrugada desta quinta (14/06). A votação aconteceu pouco antes das 10h e, na hora da aprovação, ouviram-se gritos de “aborto legal no hospital!” dentro do plenário.

“Este é o século do direito das mulheres. Cedo ou tarde as jovens que seguram os lenços verdes vão conquistar o que pedem. Tiremos o aborto da clandestinidade. Unidas em nossas diferenças, que o aborto seja lei!”

Inicialmente, o placar registrado havia sido de 131 votos a favor e 123 contra, com uma abstenção. Logo após a divulgação do resultado, dois deputados disseram que seus votos não haviam sido corretamente colocados, e o placar se alterou para 129 x 125, com uma abstenção.

Manifestantes passaram a noite no centro de Buenos Aires pedindo a aprovação do projeto de aborto legal e seguro pela Câmara | Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito/Reprodução

O projeto autoriza a interrupção voluntária da gravidez, de forma segura, até a 14ª semana de gestação e gerou fortes reações contra e favor. Grupos pró e antiprojeto permaneceram mobilizados no centro de Buenos Aires desde o início da votação, e a comemoração dos que eram a favor da aprovação foi grande.

“Este é o século do direito das mulheres. Cedo ou tarde as jovens que seguram os lenços verdes vão conquistar o que pedem. Tiremos o aborto da clandestinidade. Unidas em nossas diferenças, que o aborto seja lei!”, disse, sob lágrimas, a deputada governista Silva Lospennato, a última a falar a favor do projeto.

 

 

Fonte: Opera Mundi