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Entrevista | Confira a sabatina de Boulos aos sites HuffPost Brasil e Yahoo! Notícias

23 de agosto de 2018

“A tática psicológica do Jair Bolsonaro é explorar o medo das pessoas”, diz candidato do PSol à Presidência.

 

Guilherme Boulos participou de sabatina com HuffPost Brasil e Yahoo! Notícias | Foto: HuffPost

Filósofo e psicanalista, Guilherme Boulos, 36 anos, candidato à Presidência pelo PSol, tem enfatizado que vai “enfrentar os privilégios” na sociedade brasileira. Em sabatina do HuffPost Brasil e do Yahoo! Notícias, ele explica como espera fazer um pacto com a população para tirar seus principais planos do papel.

Assista à íntegra da sabatina 60 Minutos com Guilherme Boulos:

Uma das metas mais ambiciosas de Boulos é a criação de 1 milhão de vagas no Ensino Superior. Junto com isso, o candidato pretende tornar o ensino mais atrativo ao estudante. Um dos seus primeiros passos para investir em educação, segundo ele, será consultar a população para revogar a proposta que impôs um teto de gastos ao governo — incluindo as despesas com educação.

Na contramão dos demais candidatos que defendem uma reforma da Previdência para conter o sangramento das contas públicas, Boulos pretende expandir os planos de aposentadoria. Segundo ele, o dinheiro para financiar essas propostas sairá do corte de privilégios. Ele também aposta em uma economia mais voltada aos serviços à população.


Críticas de Boulos a Bolsonaro

Quanto aos adversários, o candidato vê um cenário otimista no qual estará no segundo turno, mesmo com o atual registro de 1% na pesquisa Ibope, divulgada nesta segunda-feira (20). Boulos é enfático em relação a Jair Bolsonaro, candidato do PSL, líder na pesquisa, em cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Para ele, o candidato tem atraído a população por causa do discurso autoritário. “Quando você está com medo, o medo facilmente descamba para aceitar um discurso de força, de ódio, de autoritarismo, de agressão. O Jair Bolsonaro, a tática psicológica dele é explorar o medo das pessoas. Ele é um explorador político do medo, é isso que ele faz. E vende uma ideia falsa de segurança, com discurso de violência. Só que isso não se sustenta.”

Na avaliação de Boulos, o povo vai perceber que a proposta é uma “farsa”, que jogar com o medo é uma proposta populista. “É um populismo em cima da vida das pessoas”, afirma.

No debate na Band, no dia 9, Boulos constrangeu Bolsonaro com o questionamento: “quem é a Val?”. A referência era a Walderice Santos, uma funcionária fantasma do gabinete do deputado denunciada pela Folha de S.Paulo em janeiro deste ano. Quatro dias depois, a assessora de Bolsonaro foi demitida.

Para Boulos, Val não é culpada. “Ela é vítima. O Bolsonaro é culpado. O problema é usar dinheiro público para alguém fazer serviços pessoais em uma das casas dele”. O ex-líder do MTST condenou as “mesmas práticas da velha política” que Bolsonaro diz criticar. Bolsonaro, entretanto, afirmou que o “crime dela foi dar água para os cachorros” em sua casa na região de Angra dos Reis. O salário bruto da Val era R$ 1.416.

 

 

Por Grasielle Castro
Fonte: HuffPost Brasil