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Ensaio fotográfico argentino | O custo humano dos agrotóxicos

4 de julho de 2018
Foto por Pablo Piovano

Atrofia muscular, câncer, mutações genéticas, hidrocefalia e retardo mental são algumas das condições que afetam crianças e adultos nas províncias de Misiones, Entre Ríos e Chaco, no nordeste rural da Argentina, onde o glifosato, herbicida comercializado pela Monsanto sob o nome comercial de Roundup, é utilizado em grande escala. Em O custo Humano, o fotógrafo argentino Pablo Piovano retrata o efeito devastador do uso indiscriminado de agrotóxicos por aqueles que trabalham no plantio ou vivem nos arredores. O artista também é responsável por documentário do mesmo nome.

As fotos já tem mais de dois anos, mas o assunto continua extremamente atual, especialmente no Brasil, em que a chamada PL do Veneno, foi aprovada na Câmara dos Deputados na última semana. Entre outros, o projeto de lei quer mudar o nome dos agrotóxicos para “defensivos agrícolas” e “produtos fitossanitários”, conceder licenças temporárias e proibir apenas substâncias que apresentem “risco inaceitável”.

Confirma a seguir algumas das fotografias

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Lucas Techeira tem cinco anos e nasceu com uma doença incurável chamada ictiose lamelar, causada por uma mutação genética. Os pais de Lucas trabalhavam em campos de tabaco e outras plantações na área onde são utlizados agroquímicos como o glifosato e 0 2,4-D, um dos componentes do Agente Laranja (utilizado pelos Estados Unidos durante a Guerra do Vietnã).

 

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Quando Cándida Rodriguez deu à luz a Fabián Piris, disseram a ela que seu bebê viveria por apenas um ano. Atualmente, ele tem 8 anos,e sofre de hidrocefalia e retardo mental irreversível. Durante a gravidez, Cándida e seu marido manusearam agroquímicos em plantações de tabaco. Eles moram perto de uma serraria onde a madeira é curada com produtos químicos altamente tóxicos.

 

Ademir Gotin é um rapaz de 20 anos. Ele sofre de deficiência mental severa. Andrea Gotin, sua irmã, era uma garota saudável. Quando tinha oito anos, Andrea inalou bromometano, e teve que ser hospitalizada. Ela passou nove dias na UTI. Poucas horas após inalar a substância, sua temperatura subiu, afetando funções motoras de seu cérebro. Ela precisa de um transplante de rim e precisa de submeter a diálise três vezes por semana.

 

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Fabián Tomasi trabalhou por muitos anos manuseando agroquímicos em uma empresa de fumigação. Atualmente, ele sofre de polineuropatia tóxica severa e está sendo tratado por atrofia muscular generalizada. Fabián é uma das vozes da luta contra o mdelo agroindustrial biotecnológico e o uso indiscriminado de agroquímicos.

O ensaio completo poder ser visto aqui. Já o documentário, legendado em Português, pode ser visto no Youtube:

 

 

Fonte: Justificando | Carta Capital