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Em Heliópolis, Caminhada pela Paz pede fim do genocídio contra pobres

8 de junho de 2018

Movimentos sociais, igrejas e escolas da região convocaram a 20ª edição da marcha organizada em uma das maiores favelas da cidade

Crianças, moradores e movimentos fortaleceram a 20ª Caminhada pela Paz Heliópolis, contra a violência nas periferias | UNAS Heliópolis

Moradores de Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, na zona sul da cidade, pedem o fim do genocídio de jovens negros e mulheres na periferia das cidades. Movimentos sociais, igrejas e escolas da região realizaram, nesta quinta-feira (7), a 20ª Caminhada pela Paz, organizada para chamar a atenção da população para a urgência do combate à violência contra as populações pobres.

A marcha teve participação de crianças da comunidade. Segundo os organizadores, a ideia é que, desde cedo, os futuros cidadãos aprendam que não podem se calar ante as injustiças. Apesar da pouca idade, elas já aprenderam o significado da palavra feminicídio.

“Essas crianças vieram representar todas essas mulheres que são vítimas de feminicíidio. Hoje elas vieram com indignação sobre o que acontece com as mulheres e que de alguma forma a sociedade está tentando calar novamente”, disse Nicolau de Jesus, educador social da Unas, em entrevista ao repórter Leandro Chaves, da TVT.

Simbolicamente, as crianças carregaram girassóis durante o ato, numa referência ao nome Heliópolis, que tem origem grega e significa “cidade do sol”.

“Embora a gente saiba que o nosso trabalho é ‘de formiguinha’, um trabalho de convencimento, é essencial e importantíssimo, pois sem ele é barbárie completa mesmo. A gente acredita que é função da educação travar um embate direto para desconstruir o discurso de que a violência é algo natural, porque não é natural”, afirma Marília de Santis, gestora do CEU Heliópolis.

Um grupo de ativistas do Paraná se juntou aos manifestantes na 20ª Caminhada pela Paz. “Hoje nós somos fãs da Heliópolis, como um projeto que faz a diferença e que nos próximos anos o mundo vai descobrir”, diz Valdo José Cavallet, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Assista à reportagem do “Seu Jornal”, da TVT:

 

Fonte: Rede Brasil Atual | TVT