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Cozinha Solidária: uma resposta vital às enchentes no Rio Grande do Sul

5 de junho de 2024

Em Porto Alegre, a Cozinha Solidária do MTST está na linha de frente do apoio às vítimas das enchentes, servindo refeições diárias e oferecendo atendimentos médicos em meio à calamidade climática

 

A Cozinha Solidária da Azenha, localizada em Porto Alegre, está desempenhando um papel crucial durante a crise causada pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Além de preparar e distribuir milhares de refeições diárias, a cozinha também está fornecendo atendimento médico contínuo, ajudando a aliviar o sofrimento de inúmeras famílias afetadas pela tragédia.

Até o início de junho, mais de 117 mil marmitas foram entregues, atingindo um marco de 4 mil refeições diárias e superando 87 toneladas de alimentos preparados e distribuídos em diversas regiões, muitas das quais só acessíveis por barco. Além das marmitas, a cozinha prepara cafés da manhã reforçados, visando atender o máximo de pessoas necessitadas. As entregas estão sendo realizadas em múltiplos pontos de Porto Alegre, atendendo comunidades desde o Morro da Cruz até as ilhas. 

Desde o começo das enchentes no estado, o MTST mantém pontos de coleta de doações de alimentos, roupas, kits de higiene e fraldas em várias cidades do Brasil. Esses itens são organizados e enviados às vítimas das enchentes. Além do acolhimento de pessoas, o MTST resgatou e cuidou de dezenas de animais atingidos pelas enchentes, reafirmando o compromisso com todos os seres vivos afetados.

A ação da Cozinha Solidária vai além da alimentação e a dedicação e a mobilização dos voluntários são essenciais para mitigar os impactos dessa tragédia e oferecer um alívio imediato para aqueles que mais precisam. Em maio, a chef Paola Carosella esteve na cozinha de Azenha para contribuir com o preparo de refeições e o cartunista Santiago também visitou a cozinha, contribuindo com sua arte nas marmitas e auxiliando na linha de produção. 

E personalidades como Chico Diaz, Chico Buarque, Henrike Baliú, Christian Dunker, Fernanda Lira e Cauê Moura têm se solidarizado com o trabalho do MTST no Rio Grande do Sul, ajudando na divulgação da campanha de arrecadação.

 

Crise climática anunciada e urgência de políticas públicas

Mais de meio milhão de famílias foram afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As inundações destruíram casas, infraestruturas e vidas, deixando um rastro de destruição e sofrimento. Em meio a esse cenário devastador, a Cozinha Solidária da Azenha emerge como um farol de esperança, proporcionando alimentação, cuidados médicos e assistência a milhares de pessoas diariamente. Enquanto a reconstrução contínua e esforços para prevenir futuras calamidades são discutidos, o apoio da sociedade civil é crucial para sustentar essas iniciativas emergenciais e evitar novos desastres.

A degradação ambiental, provocada por desmatamento, poluição e falta de políticas de preservação, tem contribuído significativamente para a intensificação das enchentes. A urbanização desordenada e a falta de infraestrutura adequada para o escoamento das águas pluviais aumentaram a vulnerabilidade das cidades e comunidades rurais a eventos climáticos extremos. Além disso, as mudanças climáticas globais, intensificadas pelo aquecimento global, têm causado chuvas mais intensas e frequentes, aumentando o risco de enchentes.

O atual cenário é o resultado de décadas de negligência e falta de políticas públicas eficazes de gestão ambiental e urbana. A falta de investimentos em infraestrutura e em políticas de prevenção e mitigação de desastres ambientais agravou ainda mais a situação. Os governos, em diferentes esferas, têm sido criticados pela falta de ação preventiva e pela resposta tardia e inadequada às crises ambientais. A ausência de um planejamento urbano sustentável e de políticas ambientais robustas tem deixado as comunidades à mercê das consequências da crise climática anunciada há décadas. 

Em resposta à atual crise, houve um esforço coordenado entre movimentos sociais, como o MTST, e o governo federal para enfrentar a emergência. A visita dos Ministros Márcio Macedo, Wellington Dias e Alexandre Silveira, junto com o Presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, à Cozinha Solidária da Azenha, é um reflexo da tentativa de criar um diálogo e construir políticas públicas para a reconstrução e prevenção futura. 

A criação do Fórum de Participação Social no Rio Grande do Sul é um passo significativo para assegurar que a sociedade civil tenha voz no processo de recuperação e reconstrução do estado.

Entretanto, é apenas um passo. As famílias vitimizadas que estão abrigadas em albergues e escolas permanecem vulneráveis, especialmente com a retomada das aulas. Muitas ainda sem condições de retornarem às suas casas, precisarão enfrentar a dura realidade das cidades provisórias, onde as condições são precárias e desumanas. Por isso, é crucial ouvir as pessoas afetadas e engajar mais pessoas na luta social pela reconstrução das cidades e pela reparação das famílias atingidas.

 

DOE E APOIE AS COZINHAS SOLIDÁRIAS EMERGENCIAIS

Para continuar esse trabalho vital, precisamos do seu apoio! Doe qualquer valor e ajude a salvar vidas: 

  • Pelo Site: apoia.se/enchentesRS (Santander)
  • PIX: enchentes@apoia.se
  • Banco Itaú: ag: 4300; c/c: 99.707-1