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Sempre Presente | Nova ocupa do MTST na Zona Sul de SP é batizada: Ocupação Marielle Franco

3 de maio de 2018

Num momento delicado em que políticos e formadores de opinião usam a recente tragédia do edifício Wilton Paes de Almeida para difamar e criminalizar os movimentos de moradia, o MTST reforça sua luta e a enriquece com simbolismo. No final de semana anterior ao feriado de 1º de maio, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto ocupou dois terrenos ociosos e sem função social na periferia de São Paulo.

Um deles acaba de ser batizado: Ocupação Marielle Franco. Trata-se de uma homenagem à vereadora carioca pelo PSOL, executada na companhia do motorista Anderson Gomes, em março, no Rio de Janeiro. Mulher, negra, LGBT e da periferia, a combativa Marielle representava — e segue representando — a luta de milhões por um Brasil menos desigual.

Localizada no extremo sul da cidade, na avenida Teotônio Vilela, 6.400, no Grajaú, a nova ocupação teve seu nome escolhido durante uma grande assembleia, em que os acampados deliberaram e decidiram coletivamente. São centenas de pessoas que lutam diariamente pela sobrevivência, massacradas pelo alto custo de vida que inviabiliza o pagamento de aluguel e o sustento familiar.

Recentemente, o dito proprietário do terreno — com mais de 90.000 m² — compareceu ao local com ameaças de entrar com mandado de reintegração de posse. Abandonada há anos, a área servia apenas para especulação imobiliária, não cumprindo sua função social e em desacordo com a Constituição Federal.

A nova Ocupação Marielle Franco ainda se encontra em fase de massificação — ganhando novas pessoas, lutadores e lutadoras, a cada dia — e pede doações de alimentos. Como de praxe, o MTST montou uma cozinha coletiva no local para distribuir refeições e ajudar na auto-organização. Ao contrário do que muitos pensam e erroneamente espalham, o movimento não cobra e nunca cobrou nenhuma espécie de taxa, de ninguém.

Outra nova ocupação segue em luta e processo de massificação, esta na Zona Norte de São Paulo, na estrada do Corredor, 219, Pirituba — em frente ao circo no estacionamento do shopping Cantareira.

MTST, A LUTA É PRA VALER