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RESISTÊNCIA E PARTILHA | Os dias em que a cozinha comunitária do MTST deu força e energia para a resistência na luta por Lula Livre

9 de abril de 2018
No final da tarde da última quinta-feira, 5 de abril, após a notícia do mandado para que Lula se entregasse em Curitiba, a Ocupação Povo Sem Medo de São Bernardo, do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, realizou uma marcha até o Sindicato dos Metalúrgicos para apoiar Lula e travar dois dias de resistência pela liberdade do ex-presidente.
A caminhada chegou ao local com mais de três mil militantes que empunhavam braços, cartazes, percorriam as ruas com cantos de força e coragem e logo organizou seu acampamento na frente do estacionamento com a construção de uma cozinha comunitária para que todos pudessem se alimentar e, mais do que isso, um ponto de referência e apoio em que todos e todas se sentissem acolhidos para as dores e emoções que ocorreriam.

Mas, “por que destacar logo a cozinha?” alguém poderia se perguntar. Porque, além de ser um ponto de referência do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, a cozinha comunitária se revela como “coração” para as pessoas que ali chegam. Muito além de um cafezinho, ali se encontra o aperto de mão, o abraço, a palavra companheira que fortaleceu a cada um que necessitou durante a vigília que havia sido iniciada.
Um sustento físico mas, principalmente, um sustento coletivo e partilhado de justiça social como exercício pleno de uma sociedade mais humana. Na lateral, os mantimentos e utensílios foram arrumados de maneira que, durante o revezamento, tudo fosse tranquilo. Arroz, feijão, macarrão, pães, suco, café, leite, água, produtos de higiene e limpeza são todos frutos da colaboração de pessoas que acreditam na transformação social promovido pelo movimento e, dessa forma, o mesmo sentimento foi visto e sentido durante as horas de refeição: café da manhã, almoço e jantar.
 
Naquele espaço, de quinta até sábado, se viu um revezamento na preocupação com o preparo e distribuição das refeições para que as pessoas que procurassem, se sentisse à vontade e também, o cheirinho de “comida de casa”. Os companheiros e companheiras e se esforçaram na manutenção da rotina de ordem e de limpeza do ambiente e todos trabalharam mesmo sob o sentimento de comoção frente à injustiça que o ex-presidente Lula sofreu e para além disso, uma ferida aberta que prenuncia uma perseguição aos movimentos sociais de nosso país.
 
A coordenadora da ocupação, Andréia, destacou o quanto a cozinha é esse ambiente acolhedor: 
 
“Aqui, a gente dividiu a alimentação, mas também somou força. Está sendo um momento muito duro de nossa Democracia, mas estar deste lado, por Lula Livre, é estar do lado certo da História e de todo povo que luta por justiça social. Este espaço também foi nosso local de resistência e de construção coletiva da luta que prossegue”!
Assim, esperamos que, alimentados dessa energia, mais cozinhas coletivas do MTST se espalhem nesse país, em ocupações, para que se construa uma sociedade onde dignidade seja palavra consolidada e que todos e todas vejam o fim dos abismos sociais!
 
 
Por #LulaLivre e pela Democracia, seguimos em Luta!

MTST, a luta é pra valer!