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MTST ocupa as ruas do Brasil na luta por moradia

15 de fevereiro de 2017

Na semana passada (06/02), no Palácio do Planalto, houve o anúncio da retomada do programa Minha Casa Minha Vida por parte do Governo Federal. Para aquele que está desatento ou vê de longe, parece muito bom que o Governo Temer se preocupe com a revitalização dos programas sociais. Mas é o contrário, o anúncio que foi feito é na verdade uma distorção do Minha Casa Minha Vida enquanto programa social.

A maioria do déficit habitacional brasileiro (84% das pessoas que não tem moradia no país), estão na chamada Faixa 1 e são famílias que possuem menos de R$1.800,00 de renda familiar. O atendimento habitacional dessas famílias só é possível com uma grande parte de subsídio, pois elas não têm condições de solicitar crédito imobiliário, já que não são sujeitos de crédito no sistema bancário brasileiro. Por isso é preciso existir um programa social que garanta moradia para elas e o Minha Casa Minha Vida, ainda que com muitos limites, cumpriu esse papel em anos anteriores.

As 600 mil moradias anunciadas por Temer foram para uma outra faixa da população. Aumentaram o limite de crédito do Minha Casa Minha Vida para R$9.000,00, ou seja, transformaram um programa social em programa de crédito imobiliário para financiar casa própria para setores que não são os mais necessitados, que não são os sem-teto e não são aqueles que mais precisam de moradia no Brasil.

O que foi anunciado na verdade é a descaracterização do Minha Casa Minha Vida como programa social e sua transformação numa linha de crédito, reproduzindo aquilo que sempre existiu: a lógica bancária de se tratar a habitação popular.

Por isso, o MTST estará nas ruas hoje para combater esse retrocesso. Todo o país será ocupado para exigir a retomada das contratações do programa Minha Casa Minha Vida.

#MoradiaJá #ForaTemer

Foto destaque: MTST acaba de ocupar a sede da Caixa Econômica Federal em Goiânia exigindo a retomada do Minha Casa Minha Vida para o povo mais pobre.