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Contra os Privilégios | MTST e movimentos fazem ato contra o auxílio-moradia para juízes

22 de março de 2018

Protesto foi realizado em frente ao Tribunal de Justiça de SP, onde incontáveis reintegrações de posse foram decretadas por juízes privilegiados pelo benefício

Um dia após ocupar, resistir e garantir que nenhuma linha de ônibus será cortada em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) se fez presente mais uma vez na região central da cidade, desta vez, junto de outros movimentos organizados. A pauta dos e das manifestantes era o fim de um dos maiores escárnios do Brasil atualmente: o auxílio-moradia para juízes.

O protesto aconteceu na Praça da Sé, onde fica o Tribunal de Justiça de SP. E o local não foi escolhido à toa: “Todos os movimentos que estão aqui sofrem toda as semanas nesse prédio (o Tribunal). Toda as semanas recebem as mesmas respostas. Os senhores juízes votam sempre contra o povo, em defesa das empresas”, afirmou Henrique Ollitta, coordenador da ocupação Douglas Rodrigues, à Rede Brasil Atual.

É ali, no prédio do TJ, que incontáveis reintegrações de posse foram decretadas por esses mesmos juízes privilegiados. Enquanto eles recebem (cerca de R$ 4.300, em média) para morar, os Sem Teto precisa lutar por seu direito à moradia. Como lembrou o coordenador do MTST, Gabriel Simeone, esses profissionais chegam a receber salários de até R$ 30 mil ao mês.

O privilégio garantido por lei permite a uma camada já favorecida da população que acumule ainda mais, enquanto milhões sofrem cotidianamente num país onde o desemprego alcança 13% da sociedade, enquanto o salário mínimo não chega a mil reais.

Welita Caetano, integrante da Central de Movimentos Populares (CMP), lembrou que foram gastos R$ 3 bilhões nos últimos 40 meses, quantia suficiente para construir cerca de 48 mil moradias populares.

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