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Queda de Weintraub | De Ministro modelo a um gerador de crise

22 de junho de 2020

Weintraub deixa o MEC pouco mais de uma ano depois de sua posse. Em seu histórico, uma série de embates e declarações polêmicas. A decisão de demitir o ministro mais forte da ala ideológica, principal base de apoio do governo nos últimos meses, não foi fácil. E para garantir uma saída “digna” e diminuir os impactos, Bolsonaro indicou o agora ex-ministro para um cargo no Banco Mundial.

A saída de Weintraub já era especulada quando ele não aceitou entregar cargos no ministério para o centrão, novo aliado do governo Bolsonaro. E se tornou insustentável depois da divulgação do vídeo da reunião ministerial, onde em meio a várias frases polêmicas e preconceituosas, atacou o STF.

A passagem de Weintraub pelo MEC é marcada pelo caráter antidemocrático e por ter colecionado derrotas no Congresso Nacional com propostas descabidas: desde a interferência nas universidades federais ao não adiamento do ENEM num momento de pandemia. Na verdade, se empenhou em ser o representante do mercado, no projeto privatista de mercantilizar a educação e transformar a universidade pública num balcão de negócios.

Operou na já conhecida lógica neoliberal, desmoralizando e sucateando ainda mais a educação pública para entregar a administração a empresas privadas. Deixou de investir milhões no ensino básico e superior. A maior parte dos gastos do MEC deste ano refere-se a compromissos firmados no ano passado, que não foram executados. Como seu último ato revogou a portaria sobre políticas afirmativas na pós-graduação, em mais uma tentativa de continuar fomentando a desigualdade social e racial.

Weintraub cai tendo cumprindo a risca todas as propostas desse governo que desde o começo vê na educação um inimigo a ser combatido.

É certo que o substituto de Weintraub será tão ruim quanto ele. Nada que venha desse governo, que nega a ciência e aposta numa educação mecânica para reprodução de corpos dóceis, pode ser bom. Para um futuro digno aos jovens brasileiros não basta mudar o ministro, tem que mudar o projeto!

Fora Bolsonaro e seus ministros!

Por uma educação crítica para todos!

Pelo poder popular!