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Seminário marca comemoração dos 40 anos do Movimento Negro Unificado

20 de junho de 2018

Símbolo de resistência, MNU comemora aniversário com debate sobre o legado deixado pela organização para a história da luta contra o racismo no Brasil

Neusa Maria Pereira, integrante e fundadora do MNU | Foto por Sérgio Silva/ Ponte Jornalismo

Nesta segunda-feira (18/6), o MNU (Movimento Negro Unificado) promoveu um seminário em homenagem aos 40 anos de existência. No encontro estiveram presentes membros ativos desde a fundação do movimento, realizada em 7 de Junho de 1978 nas escadarias do Theatro Municipal em São Paulo, e militantes da nova geração organizada dentro do próprio movimento negro de um modo geral. O encontro aconteceu no Auditório da APEOESP (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), na Praça da República, centro da capital paulista.

Milton Barbosa, membro fundador do MNU | Foto: Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

O MNU surge em plena ditadura militar com o objetivo de se tornar um marco referencial histórico na luta contra a discriminação racial no país. Hoje está presente em 12 estados da nação. Para muitos dos integrantes, o MNU teve papel importante em fazer com que o Brasil se reconhecesse racista.

Regina Lúcia: “O racismo no Brasil é uma perversidade” | Foto por Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

Entre os temas propostos durante o evento, teve denúncia do genocídio da população negra nas periferias, o encarceramento em massa, que atinge em sua maioria a população negra, e a importância da militância do feminismo negro. Celebrando o encontro de gerações, as mesas contaram com a presença de militantes históricos, como Milton Barbosa, o Miltão, Neusa Maria Pereira e Regina Lúcia, e representantes da nova geração, como Katiara Oliveira e Douglas Belchior.

Katiara Oliveira, do Kilombagem | Foto: Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

Além disso, até mesmo pela presença de alguns educadores, houve espaço para debater a importância de fazer valer a Lei 10.639, que prevê a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nas instituições educacionais, em vigor desde 2003. A reclamação de muitos professores é que, embora a lei exista, ainda está muito longe de ser aplicada de forma correta e uniforme em todas as instituições do país.

Douglas Belchior, professor e candidato a deputado federal pelo PSOL | Foto por Sérgio Silva/ Ponte Jornalismo

No fechamento do encontro, um momento de fazer um balanço e apontar para caminhos a serem seguidos. A mesa “Conquistas e Perspectivas do MNU”, teve participação de Milton Barbosa, José Adão Oliveira, Regina Lucia dos Santos, e Luka França, todos integrantes da entidade.

Juninho, militante do movimento | Foto por Sérgio Silva/Ponte Jornalismo
Participante do seminário | Foto por Sérgio Silva/Ponte Jornalismo
Neusa Maria Pereira, uma das fundadoras do MNU | Foto por Sérgio Silva/Ponte Jornalismo
Foto por Sérgio Silva/Ponte Jornalismo

 

Por Sérgio Silva

Fonte: Ponte Jornalismo