Débora Lima – São Paulo, São Paulo
Débora Pereira de Lima, é a Débora do MTST. Aos 37 anos, é uma figura que se destaca na luta por moradia e justiça social em São Paulo. Nascida e criada nas periferias da cidade, Débora passou por diversas áreas da cidade, mas se estabeleceu na Zona Sul, no bairro do Capão Redondo, onde reside até hoje. Criada por sua mãe em condições precárias, Débora enfrentou a falta de alimentos e outros recursos básicos desde a infância. Para ajudar a sua família, começou a trabalhar ainda jovem e, hoje, é mãe solo de quatro filhos: Chrystoffer, Layane, Greice Kelly e Eloah.
Débora ingressou no MTST há pouco mais de 12 anos, em 2012, motivada pela necessidade de garantir uma moradia digna para sua família. Desde o início, atuou ao lado de figuras importantes do movimento e se envolveu ativamente nas lutas por moradia. Sua dedicação e trabalho a levaram a ocupar diversos cargos de liderança, incluindo a coordenação de importantes ocupações como Novo Pinheirinho do Embu, Marielle Vive, Nova Canudos e São Carlos.
Hoje, Débora é coordenadora nacional do MTST, refletindo seu compromisso e influência no movimento. Além das ocupações mencionadas, Débora esteve envolvida em projetos significativos, como a conquista do João Cândido e a fundação da primeira Cozinha Solidária na Brasilândia. Esses projetos não apenas abordam a questão da moradia, mas também têm um impacto positivo em comunidades periféricas ao fornecer recursos e suporte essencial.
Débora defende uma visão integrada das lutas sociais, reconhecendo que a luta por moradia está profundamente entrelaçada com questões de raça, gênero, direitos humanos e justiça social. Suas principais pautas incluem a garantia de moradia popular e digna, saúde para a mulher, políticas públicas voltadas para mães solo periféricas e o avanço dos aparelhos públicos de educação.
Entre suas propostas para mudanças estão a alocação de orçamento para a construção de moradias e a regularização fundiária. Débora acredita que essas medidas são fundamentais para garantir uma moradia adequada para todos e combater a especulação imobiliária, que muitas vezes prejudica as comunidades periféricas.
A visão de Débora sobre a luta pelo direito à moradia é clara: enquanto houver uma única pessoa sem um lar digno, a luta deve continuar. A luta por moradia não é apenas como uma questão de necessidade imediata, mas como um aspecto fundamental para alcançar uma vida digna e justa para todos. Com seu trabalho e liderança, Débora Pereira de Lima continua a inspirar e mobilizar as comunidades em São Paulo em busca de um futuro mais equitativo e solidário.