O Contrate Quem Luta (CQL) é uma iniciativa que visa conectar trabalhadores(as) sem-teto a oportunidades de trabalho. A plataforma representa uma ponte revolucionária que une profissionais cadastrados nos territórios de atuação do MTST a clientes em busca de serviços na construção civil, manutenção, tarefas domésticas e diversas outras áreas.
HISTÓRIA DO PROJETO
O Brasil enfrentou um cenário desafiador na última década, com taxas altíssimas de desemprego. Identificamos a necessidade de oferecer suporte à busca por trabalho e geração de renda, além das iniciativas dentro das ocupações, que já amparavam as famílias sem-teto. Surgiu então a ideia de criar uma ponte entre trabalhadores(as) e oportunidades. Com papel e caneta, uma simples planilha começou a ser preenchida, cadastrando habilidades e contatos de integrantes do MTST dispostos a trabalhar.
O Contrate Quem Luta tornou-se uma realidade em fevereiro de 2021, após um ano de testes. Atualmente, com mais de 40 especialidades disponíveis, o aplicativo direciona as pessoas para trabalhadores qualificados em suas áreas de interesse, abrangendo desde educadores e motoristas até redatores e DJs.
COMO FUNCIONA?
Ao acessar a plataforma, prestadores(as) de serviço recebem solicitações de trabalho diretamente pelo WhatsApp, tudo feito sem intermediários. Através do aplicativo, clientes enviam detalhes sobre o serviço desejado, incluindo nome, endereço aproximado e a natureza da demanda e são direcionados para um trabalhador(a) da área, que são cadastrados nos territórios em que atuamos.
Essa comunicação eficiente e direta proporciona aos trabalhadores(as) uma conexão rápida e eficaz com oportunidades de trabalho. Desde seu nascimento, em 2021, o projeto já beneficiou cerca de 230 prestadores de serviço na grande São Paulo (SP).
TECNOLOGIA, LUTA POPULAR E SOBERANIA DIGITAL
O CQL opera sob uma perspectiva coletiva e horizontal nas relações de trabalho, permitindo a negociação direta entre trabalhador e contratante, sem cobrança de taxas. Atualmente presente na grande São Paulo e no ABC Paulista por meio de núcleos regionais, o projeto prevê a criação de um aplicativo próprio e a ampliação para outros territórios.