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Sônia Guajajara diz que defender libertação de Lula não significa apoiá-lo nas eleições

19 de junho de 2018
Sônia Guajajara, a primeira Indígena a disputar à vice-presidência do Brasil, visitou Cuiabá | Foto por Mídia Ninja

A luta pela democracia, classificada como a inesgotável tentativa de retirar o ex-presidente Lula (PT) da cadeia e para que ele tenha o direito de concorrer às eleições 2018, não se confundem com a autonomia da candidatura do PSOL. Apesar de ser declaradamente de esquerda, com Guilherme Boulos como pré-candidato a presidente e Sônia Guajajara como pré-candidata a vice, a sigla  não abrirá mão da candidatura própria para se aliar ao PT, em eventual conquista de espaço do líder petista no pleito deste ano.

Convicta de sua participação enquanto mulher, indígena, nordestina e brasileira é uma questão de pluralidade e autonomia no pleito eleitoral, Sônia Guajajara esteve em Cuiabá, na semana passada, para cumprir o cronograma de pré-campanha. Uma série de atividades envolvendo os grupos de base que dão força ao PSOL marcou a presença na capital mato-grossense daquela que é considera uma das maiores lideranças indígena do país.

Guajajara, em entrevista ao RDNews, avalia que a esquerda está unida, mas que o PSOL não abrirá mão de candidatura própria. “A diversidade de candidatos demonstra a diversidade de ideias e das demandas necessárias que cada um representa neste contexto de democracia”, pondera.

O PSOL está unido pela libertação de Lula e para que ele tenha o direito de concorrer às eleições deste ano

A pré-candidata destaca que a sigla também está na luta pela democracia. “O PSOL está unido pela libertação de Lula e para que ele tenha o direito de concorrer às eleições deste ano. Mas essa luta não tem impedido os partidos de esquerda de se mobilizarem em prol dessas eleições. As alianças estão se formando e vamos fazer o possível para conscientizar as pessoas da necessidade de mudança dessa política velha como está aí”, pontua.

Guajajara é natural do Maranhão e é formada em Letras e Enfermagem com especialização em educação especial. A presença dela na disputa eleitoral deste ano já é considerada um marco histórico, porque se trata da primeira mulher indígena a ser candidata a vice-presidência do país.

 

Por Vinícius Bruno

Fonte: RDNews