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“República do caos” narra ocupações secundaristas e atos contra Temer em Curitiba

20 de junho de 2017

Fonte: Brasil de Fato

Por Carolina Goetten

Divulgação
Narrativa garante um registro histórico dos acontecimentos políticos ocorridos na cidade | Divulgação

As mobilizações populares que ocorreram em Curitiba no ano passado se transformam em registro cinematográfico no documentário “República do Caos”, que teve a pré-estreia agendada para sábado (17). O longa, em uma 1h20 de duração, trata dos atos e ocupações de universidades e escolas ocorridas na cidade em protesto contra medidas do governo de Temer, por meio de uma narrativa construída coletivamente.

A professora do setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mônica Ribeiro, responde pela direção do longa junto ao produtor Paulo Henrique de Jesus. “O documentário é o resultado de diversas gravações independentes, reunidas num único material”, explica a professora.

A narrativa, que agrupa as mobilizações populares, utilizou-se de captações disponibilizadas pela mídia livre e por veículos digitais, além de uma série de cenas e entrevistas inéditas capturadas pelos produtores e equipe do filme. O “República do Caos” tem uma forte característica multimídia e agrega vários tipos de câmera e pontos de vista audiovisuais. “É importante garantir um registro histórico desses acontecimentos, que marcaram a política local e nacional”, opina Mônica. “Os secundaristas, por exemplo, assumiram um protagonismo fundamental ao se organizarem nas ocupações”.

 

Contexto político 

Os estudantes secundaristas do Paraná sacudiram o país ao final de 2016 após ocuparem mais de 845 escolas em todo o estado. O objetivo das mobilizações era protestar contra a reforma do Ensino Médio proposta por Temer.

Em Curitiba, outra ação de impacto nacional foi a ocupação do prédio do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sede local do Ministério da Cultura (Minc). Os manifestantes protestavam contra a dissolução do Minc, também proposta por Temer, que logo voltou atrás e reinstituiu o Ministério da Cultura na pasta oficial do governo.